Na sequência de detenção, o Ministério Público apresentou, no passado dia 11 de maio, a primeiro interrogatório judicial, 4 arguidos indiciados pela prática de diversos crimes de roubo, um crime de sequestro e um crime de tráfico de estupefacientes.

Existem fortes indícios de que, em abril de 2020, três dos arguidos e um outro individuo não identificado lograram entrar na casa de um ofendido, em Lisboa, tendo um dos arguidos o manietado, impedindo-o de se movimentar e reagir. Nesta altura, os arguidos aproveitaram para levar da residência, por fases, os objetos de valor que ali encontraram. Na ocasião, exigiram, ainda, ao ofendido o código dos seus cartões multibanco, tendo depois efetuado pagamentos e levantamentos em valor superior a 1.300€.

Noutra ocasião, em março de 2020, também em Lisboa, dois dos arguidos ameaçaram uma vítima, ostentando armas de fogo. E um dos arguidos, com recurso a uma faca, desferiu vários golpes no ofendido (que o atingiram na face e peito, causando-lhe cortes, hematomas e fratura do nariz), subtraíram-lhe todo o dinheiro que este detinha.
Em outubro de 2019, em Lisboa, um dos arguidos, acompanhado de outras duas pessoas não identificadas, subtraíram, mediante violência, uma bicicleta a um ofendido.

Em todas as ocasiões os arguidos usaram de violência contra os ofendidos e agiram com intenção de se apoderarem do dinheiro e bens que estes consigo detivessem, bem sabendo que não lhes pertenciam.

Um dos arguidos detinha na sua posse produtos de natureza estupefaciente que se destinava à venda a terceiros.

Os arguidos ficaram sujeitos à medida de coação de prisão preventiva, em face da verificação do perigo de continuação da atividade criminosa.

A investigação prossegue sob a direção do MP da 11.ª secção do DIAP de Lisboa/Sede.