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Burla informática agravada. Falsificação de documento. Branqueamento. MP. DIAP de Lisboa

6 jun 2019

O Ministério Público deduziu acusação contra dois arguidos. Um deles, do sexo masculino e de nacionalidade estrangeira, pela prática dos crimes de burla informática agravada, falsificação ou contrafação de documento, violação da medida de interdição de entrada e tráfico e uma arguida, companheira daquele e também de nacionalidade estrangeira, pela prática de um crime de branqueamento.

Os factos remontam aos últimos meses de 2018 e ocorreram na Baixa de Lisboa. De acordo com a acusação, o arguido, que se encontra irregularmente em território nacional, entrava em contacto com turistas, maioritariamente do sexo feminino e de origem asiática.

Depois de escolher as vítimas, o arguido convencia-as a acompanhá-lo na noite lisboeta, e induzia-as à ingestão excessiva de álcool e/ou administrava-lhes substâncias estupefacientes sem o seu conhecimento, por forma a diminuir-lhes acentuadamente a capacidade de reação. Depois de presenciar a utilização por parte das vítimas de cartões bancários, obtendo, assim, o acesso indevido aos respetivos códigos secretos, retirava-lhes esses cartões e dirigia-se a caixas de multibanco onde, sem autorização, procedia ao levantamento de quantias em dinheiro, das quais se apropriava ilicitamente. Com esta conduta, em dois meses, o arguido ter-se-á apropriado de quase 40 mil euros.

No momento em que foi intercetado pelas autoridades policiais, o arguido identificou-se com uma falsa identidade, tendo sido encontrado na sua posse cocaína, a qual se destinava a administrar ás ofendidas.

Ainda segundo a acusação, a arguida, que não poderia desconhecer a origem do dinheiro obtido pelo companheiro, efetuou transferências para familiares no valor de 2 mil 660 euros.

Este inquérito foi dirigido pelo Ministério Público do DIAP de Lisboa com a coadjuvação da PSP.