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Auxílio à imigração ilegal. Falsificação de documento. Primeiro interrogatório judicial. Prisão preventiva. MP. DIAP de Lisboa

12 ago 2022
Ministério Público da Comarca de Lisboa

O Ministério Público apresentou, no dia 8 de agosto, a primeiro interrogatório judicial um arguido fortemente indiciado da prática de 10 crimes de auxílio à imigração ilegal e um crime de falsificação de documento, na forma continuada.

Os factos indiciam que o arguido, de nacionalidade senegalesa, faz-se passar por agente desportivo, tendo-se deslocado, nessa qualidade, ao Senegal para estabelecer contacto com jovens jogadores de uma equipa de futebol da capital daquele país.

O arguido convenceu-os de que conseguiria que os mesmos viessem para a Europa, mais concretamente para Portugal, mediante o pagamento de uma quantia monetária.

Para isso, os referidos jovens entregaram ao arguido os respetivos passaportes nos quais aquele apôs vistos forjados.

Ao mesmo tempo, os jovens entregaram ao arguido seiscentos euros cada um, pelo serviço prestado.

À chegada ao Aeroporto de Lisboa, e com o objetivo de ludibriar as autoridades portuguesas, o arguido trazia consigo contratos de trabalho não assinados onde se assumia como representante de um clube de futebol.

O arguido conseguiu sair do aeroporto, tendo sido detido horas mais tarde com um passaporte com visto forjado.

Os jovens foram intercetados junto dos serviços de fronteira do Aeroporto, quando se constatou que os vistos nos passaportes eram forjados.

Após o interrogatório judicial, o Juiz de Instrução Criminal aplicou ao arguido as medidas de coação de prisão preventiva e de proibição de contactos com os jovens.

A investigação prossegue sob a direção do DIAP de Lisboa.