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Tráfico de estupefacientes. Medidas de coação. MP de Almada

28 jun 2021

O Ministério Público apresentou, no dia 22 de junho a primeiro  interrogatório judicial quatro detidos indiciados pela prática de crimes de tráfico de estupefacientes, de falsificação de documento, de condução sem habilitação legal, na forma continuada, e de crime de detenção de arma proibida.

Os arguidos são suspeitos de, pelo menos desde o mês de maio de 2020, dedicarem-se à atividade de venda de estupefacientes, nomeadamente de canábis, cocaína e heroína, sendo uns dos principais abastecedores de um dos bairros do Monte de Caparica, em Almada.

Desde o inicio do ano de 2021, passaram também a abastecer vários estabelecimentos prisionais da zona metropolitana de Lisboa e outras, diretamente, ou aproveitando as autorizações precárias dos reclusos, recorrendo ainda sempre que necessário a intermediários para lhes entregar estupefacientes, nos respetivos interiores.

Um dos arguidos está indiciado de fazer-se sempre transportar em veiculo automóvel para possuir qualquer habilitação para o efeito e de possuir documentos de identificação falsos.

No dia 21 de junho de 2021, na sequência de buscas domiciliárias realizadas às suas residências e aos locais onde guardavam o produto estupefaciente, foram encontrados vários telemóveis, munições, armas de fogo e réplicas, material de corte, balanças de precisão, quantias monetárias, produto estupefaciente dividido em várias poções, vindo a ser apreendido cerca de 1 quilograma de canábis em bloco, 158,2 gramas de cocaína e 383,3 gramas de heroína, já divididos e prontos a serem comercializados.

Na sequência do interrogatório, o Ministério Público requereu a aplicação a dois dos arguidos da medida de coação de prisão preventiva, a qual foi aplicada pela juiz de Instrução. Os demais, também em consonância com o promovido pelo Ministério Público, foram sujeitos a proibições de contactos, de frequentar a residência dos coarguidos, de se ausentarem do país, ficando ainda obrigados a apresentações periódicas semanais.

A investigação prossegue sob direção do Ministério Público das Secções de Almada do DIAP da Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da GNR (NIC- Destacamento da Charneca da Caparica).