Após detenção, o Ministério Público apresentou, no dia 23 de outubro, a primeiro interrogatório judicial, seis arguidos, cinco dos quais indiciados pela prática de um crime de tráfico de estupefacientes e um arguido indiciado pela prática de um crime de detenção de arma proibida e um crime de detenção de munições.

Três daqueles cinco arguidos estão ainda indiciados da prática de um crime de detenção de arma proibida.

Existem fortes indícios de que dois dos arguidos, com o objetivo de obterem proventos financeiros, acordaram entre si adquirirem heroína e cocaína a terceiros para posteriormente procederem à sua revenda a terceiros por preço superior ao da aquisição.

Assim, desde pelo menos março de 2021, os arguidos receberam várias vezes, com periodicidade não concretamente apurada, de indivíduos desconhecidos, produto estupefaciente, que guardavam no sistema de ventilação da garagem de um imóvel na Amadora para depois ser transacionado em diversos locais da região de Lisboa.

Aquando das detenções, foram apreendidas diversas armas de fogo e milhares de euros em notas.

Após interrogatório, o Juiz de Instrução Criminal aplicou as seguintes medidas de coação:

– um dos arguidos ficou sujeito a prisão preventiva;
– dois arguidos ficaram sujeitos à medida de coação de apresentações periódicas às autoridades, proibição de se ausentar do país e obrigação de entrega dos passaportes;
– dois arguidos estão obrigados a apresentações periódicas às autoridades.

A investigação é dirigida pelo Ministério Público do DIAP de Lisboa, coadjuvado pela PSP.