Simp

Está aqui

Tráfico de estupefacientes. Detenção de arma proibida. Ofensa à integridade física. Prisão preventiva. MP de Almada

26 fev 2021

Ao abrigo do disposto no art.º 86.º, n.º 13, al. b) do Código de Processo Penal, informa-se:

O Ministério Público apresentou, no dia 25 de fevereiro, a primeiro interrogatório judicial um detido, indiciado pela prática do crime de tráfico de estupefaciente, do crime de detenção de arma proibida, do crime de ofensa à integridade física qualificada, do crime de coação agravado e de crimes de ameaça agravada.

O arguido é suspeito de, desde o inicio de 2020 e até à presente data, na zona de Vale Figueira, em Almada, se dedicar à aquisição para posterior venda e cedência de haxixe a toxicodependentes que o procuram por contacto telefónico ou diretamente na via pública e nas habitações que utilizava para o efeito.

Com o objetivo de ter a exclusividade na venda de produto estupefaciente na zona em que atuava, o arguido muniu-se de armas brancas e armas de fogo, exibindo-as e ameaçando potenciais concorrentes, desferindo-lhes vários golpes por todo o corpo, de tal forma que muitos tiveram necessidade de intervenção médica e hospitalar.

Por vezes, muniu-se também de arma de fogo, para a qual não tinha qualquer autorização legal, exibia-a e disparava para o ar, intimidando-os., o que conseguiu.

Na sequência de busca domiciliária realizada no passado dia 24 de fevereiro, pela GNR, foi encontrado no interior das várias residências que utilizava um total de 27 gramas de haxixe, 3,13 gramas de MDMA, balança de precisão, material de corte e algumas quantias monetárias.

O arguido já tinha sido detido e sujeito a primeiro interrogatório judicial, no qual lhe foram aplicadas medidas de coação não privativas da liberdade pelo Juiz de Instrução.

Apesar disso, e mesmo sabendo que já estava indiciado e monitorizado pela Justiça e pelas Forças de Segurança, o arguido não se absteve de prosseguir com o mesmo tipo de atividade.

Na sequência do interrogatório, o Ministério Público requereu a aplicação ao arguido da medida de coação de prisão preventiva, a qual foi aplicada pelo Juiz de Instrução.

A investigação prossegue sob direção do Ministério Público das Secções de Almada do DIAP da Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da GNR- NIC-Destacamento da Charneca da Caparica.

O inquérito encontra-se em segredo de justiça.