Para julgamento em processo comum, com intervenção de tribunal coletivo, o Ministério Público acusou dois arguidos pela prática de um crime de tráfico de estupefacientes.

Um dos arguidos foi ainda acusado da prática de um crime de detenção de arma proibida.

Existem fortes indícios de que os arguidos, tio e sobrinho, pelo menos desde dezembro de 2017 se dedicam à venda de haxixe e de cannabis na residência onde habitam, em Santo António da Charneca, a vários indivíduos que ali os procuraram para o efeito.

Os indivíduos combinavam previamente os encontros com os arguidos, fazendo-o por contacto telefónico, por envio de mensagens SMS, ou por contactos nas plataformas de redes sociais.

Mas quando os indivíduos se deslocavam à residência dos arguidos sem terem acertado previamente o encontro, dirigiam-se às traseiras da habitação, assobiavam e um dos arguidos aparecia à janela, fazendo-lhes sinal para entrarem, após o que os indivíduos se dirigiam para a porta de entrada do prédio, entretanto aberta pelo arguido, e dirigiam-se à residência, onde compravam o haxixe ou a cannabis.

No cumprimento do mandado de busca domiciliária foram localizadas e apreendidas seis munições, de calibre 12, que um dos arguidos tinha na residência.

A investigação foi dirigida pelo Ministério Público do Barreiro do DIAP da Comarca de Lisboa, coadjuvado pelo NIC da GNR do Montijo.