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Tráfico de armas. Acesso ilegítimo. Falsidade informática. Primeiro interrogatório judicial. MP. DIAP de Lisboa

30 nov 2021
Ministério Público da Comarca de Lisboa

O Ministério Público apresentou, no dia 26 de novembro a primeiro interrogatório judicial de arguido detido, um individuo indiciado da prática de um crime de tráfico de armas, um crime de detenção de arma proibida, um crime de acesso ilegítimo agravado e um crime de falsidade informática.

Existem fortes indícios de que o arguido, pelo menos desde abril de 2020, se dedicou à compra e venda de armas em várias zonas do país. Para concretizar as vendas, o arguido teve dois números ativos numa plataforma de vendas online.

Mediante troca de mensagens, o arguido contactava e era contactado por potenciais compradores com quem negociava os valores e quantidades a transacionar, bem como a morada para entrega das armas.

Existem também fortes indícios de que o arguido, a partir de janeiro de 2020, altura em que começou a trabalhar numa dependência bancária de Moscavide, desenvolveu, em conjunto com um colega (também arguido), um esquema para retirar dinheiro de contas de clientes, acedendo, sem para tal estar autorizado.

Além disso, o arguido pretendeu apropriar-se de cartões bancários para poder, em conjunto com o colega, efetuar compras, transferências bancárias ou mesmo simularem um assalto ou concretizarem o mesmo.

Para isso, o arguido, através da intromissão nos sistemas e da utilização das aplicações internas da instituição bancária, utilizou as mesmas para requisição de cartões bancários e de execução de transferências bancárias, sem conhecimento ou autorização dos clientes.

Entre 4 de fevereiro de 2020 e 2 de setembro de 2021, foi transferido para a conta do arguido um total de 28.594,43€.

Após interrogatório judicial, e em consonância com o promovido pelo MP, foram aplicadas ao arguido as medidas de coação de proibição do exercício de funções em qualquer instituição bancária, apresentações periódicas semanais e proibição de adquirir armas.

A investigação prossegue sob a direção do Ministério Público do DIAP de Lisboa, coadjuvado pela PSP.