O Ministério Público deduziu acusação, para julgamento em processo comum e com intervenção de tribunal coletivo, contra um arguido, de 17 anos, pela prática dos seguintes crimes:

- Um crime de roubo tentado;

- Sete crimes de coação;

- Sete crimes de dano qualificado;

- Catorze crimes de ofensa à integridade física qualificada;

- Nove crimes de ameaça agravada;

- Dois crimes de devassa da vida privada;

- Um crime de sequestro;

- Um crime de acesso ilegítimo;

- Um crime de apropriação ilegítima de coisa achada;

- Um crime de ofensa à integridade física qualificada tentada;

- Um crime de dano tentado; e

- Um crime de fotografias ilícitas.

Com base na acusação, no dia 29 de dezembro de 2020, o arguido abordou o ofendido numa rua de Lisboa, perguntando-lhe as horas.

Quando o ofendido tirou o telemóvel do bolso, o arguido agarrou no telemóvel e desferiu-lhe um empurrão na zona do peito.

Noutra ocasião, a 12 de janeiro de 2021, na zona do Beato, em Lisboa, quando outra vítima se encontrava na paragem de autocarros, o arguido aproximou-se e, sem que nada o fizesse prever, desferiu dois socos atingindo o ofendido no olho direito e orelha direita.

Ainda de acordo com a acusação, o arguido encontrava-se numa casa de acolhimento em Lisboa desde 4 de abril de 2021.

Em diversas ocasiões, e desde o dia 6 de abril até junho de 2021, o arguido provocou vários desacatos naquela instituição, partiu mobílias e ameaçou outros utentes e profissionais que ali trabalhavam, chegando mesmo a dizer que os matava.

O arguido vai aguardar o desenrolar do processo sujeito à medida de coação de internamento preventivo, a qual já lhe tinha sido aplicada noutro processo judicial.

A investigação foi dirigida pelo MP do DIAP da comarca de Lisboa, coadjuvado pela PSP.