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Sequestro. Violação. Roubo. Primeiro interrogatório judicial. Prisão preventiva. MP. DIAP de Lisboa

24 jun 2021
Ministério Público da Comarca de Lisboa

O Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial um arguido indiciado pela prática de nove crimes de sequestro, sete crimes de violação, onze crimes de roubo qualificado e três crimes de coação, agravados.

Os factos ocorreram entre agosto de 2020 e junho de 2021, tendo sido praticados em Lisboa, Almada, Amadora e Sintra.

Existem fortes indícios de que o arguido contactava telefonicamente mulheres que se dedicam à prática de atos sexuais remunerados, acordando com as mesmas o pagamento de uma determinada quantia pela prática dos atos sexuais. Aquando dos encontros, acabava, no entanto, por forçar as vítimas à prática de atos sexuais contra a sua vontade, com recurso à violência (através de palavras, armas ou ameaças).

Posteriormente, subtraia-lhes as quantias e outros bens que as mesmas tivessem consigo e, por vezes, sequestrava-as em casas de banho, quartos e roupeiros.

Até ao momento, já foram identificadas 14 vítimas da prática dos factos pelo arguido.

O arguido já tinha antecedentes criminais pela prática de crimes de idêntica natureza, tendo sido condenado em penas de prisão efetiva.

A prática dos atos agora em investigação ocorreu no período em que o mesmo se encontrava em liberdade condicional.

Na sequência da emissão de mandados fora de flagrante delito a 10 de junho de 2021, foram realizadas diversas diligências para localizar o arguido.

Após terem sido requeridas e determinadas interceções telefónicas, foi possível apurar que o telemóvel do arguido se encontrava associado a uma antena situada no estrangeiro.

A investigação permitiu concluir que o arguido tinha viajado para a Suíça no dia 11 de junho de 2021, depois da eventual prática de factos criminosos em Lisboa.

Após confirmação junto das autoridades policiais suíças de que o arguido embarcara num voo com destino a Lisboa no dia 21 de junho, foi dado cumprimento, aos mandados de detenção emitidos.

Após interrogatório, o arguido ficou sujeito À medida de coação de prisão preventiva.

A investigação prossegue sob a direção do DIAP de Lisboa, coadjuvado pela Polícia Judiciária.