O Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial dois detidos, um dos quais indiciado pela prática de dois crimes de roubo e de um crime de detenção de arma proibida e outro indiciado pela prática do crime de tráfico de estupefacientes.

Em síntese, o segundo arguido é suspeito de se dedicar, desde junho de 2020 à venda de produtos estupefacientes. No âmbito dessa atividade estabeleceu com dois ofendidos, consumidores ocasionais, uma relação de amizade e passou a frequentar a casa destes situada em Lisboa. Tendo-se apercebido de que as vítimas viviam de forma desafogada comentou o facto com o outro arguido, seu amigo de infância.

Encontra-se indiciado que, na posse das informações, o primeiro arguido e um terceiro homem, na noite de 21 de junho, depois de estudarem as rotinas dos ofendidos, abordaram um deles quando entrava no prédio, imobilizaram-no e provocaram-lhe vários choques com um taser. Desta forma, conseguiram retirar-lhe as chaves do apartamento e entrar na residência, no interior da qual se encontrava a segunda vítima. Uma vez aí, com vista a forçarem os ofendidos a entregarem-lhes dinheiro e bens, agrediram-nos violentamente com socos, com pancadas de uma arma de fogo, chegando também a golpear uma das vítimas com uma faca de cozinha. Com esta conduta conseguiram apropriar-se de dois mil euros em dinheiro e de um telemóvel no valor de mil e duzentos euros.

Na sequência do interrogatório, o juiz de Instrução Criminal decidiu aplicar ao suspeito da prática do crime de tráfico de estupefacientes, para além do termo de identidade e residência, a medida de coação de apresentações diária. O outro arguido ficou em prisão preventiva.

A investigação prossegue sob direção do DIAP de Lisboa.