O Ministério Público apresentou, no dia 9 de março, a primeiro interrogatório judicial um arguido, de 18 anos, fortemente indiciado da prática de um crime de homicídio, consumado e um crime de homicídio, na forma tentada.
Resulta indiciado dos factos que o arguido, no dia 31 de julho de 2022, assistiu a um evento no Estádio do Restelo, juntamente com outros elementos, todos pertencentes a um gang. No mesmo evento encontravam-se as vítimas que pertenciam a um grupo rival.
Ainda no interior do recinto, os dois grupos cruzaram-se, tendo-se envolvido em conflitos verbais e físicos.
Já na madrugada do dia 01 de agosto, à saída do estádio, o arguido, com uma faca que retirou do interior do seu casaco, desferiu um violento golpe na zona da cabeça de uma das vítimas, atingindo-a na face, ferindo-a com gravidade.
O arguido afastou-se do local e misturou-se com a multidão que abandonava o estádio.
Os factos indiciam ainda que, por volta das 03 da manhã do mesmo dia, e na sequência de desentendimentos ocorridos em data anterior entre os grupos rivais, a outra vitima dirigiu-se ao arguido, acusando-o de lhe ter tentado bater.
O arguido agarrou-o e puxou-o, ao mesmo tempo que, com uma faca que transportava consigo, desferiu vários golpes (pelo menos 11) no seu corpo.
Apesar de ter recebido assistência médica, a gravidade dos ferimentos provocou a morte da vítima.
Após o interrogatório judicial, o Juiz de Instrução Criminal aplicou ao arguido a medida de coação de prisão preventiva.
A investigação prossegue sob a direção do Ministério Público do DIAP de Lisboa, sendo coadjuvado nas investigações pela Polícia Judiciária.