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Homicídio tentado. Coação. Detenção de arma proibida. Primeiro interrogatório judicial. Prisão Preventiva. MP. DIAP de Lisboa

17 dez 2021

O Ministério Público apresentou, no passado dia 15 de dezembro, a primeiro interrogatório judicial de arguido detido um individuo fortemente indiciado pela prática de um crime de homicídio na forma tentada, cometido com arma de fogo, três crimes de coação, cometidos também com arma de fogo e ainda um crime de detenção de arma proibida.

Os factos ocorreram na madruga do dia 20 de agosto de 2021 à porta de um bar em Lisboa.

Existem fortes indícios de que o arguido, juntamente com outros dois indivíduos (também eles constituídos arguidos), entrou em confronto com o grupo de ofendidos.

Na sequência de desentendimentos ocorridos horas antes entre os dois grupos, um dos arguidos abordou um dos ofendidos e desferiu-lhe dois murros na face, acabando ambos por se envolver em agressões.

Quando outro dos ofendidos tentou intervir em defesa do amigo, o arguido ora detido empunhou uma arma de fogo na direção dos ofendidos a fim de impedir que estes tentassem acabar com as agressões, efetuando vários disparos para o ar.

Como o ofendido tentou novamente separá-los, o arguido disparou três tiros na direção do ofendido, tendo uma das munições atingido a vitima numa perna. Após, os arguidos colocaram-se em fuga. A vítima sofreu fratura e perfuração na perna, tendo o projétil ficado alojado e removido cirurgicamente.

O ofendido (militar de profissão) esteve hospitalizado 27 dias e poderá ficar com lesões permanentes.

Após o interrogatório judicial, a juiz de instrução criminal decretou ao arguido detido, e de acordo com o promovido pelo Ministério Público, a medida de coação de prisão preventiva, atentos, sobretudo, os perigos de fuga (o arguido tem familiares no Reino Unido) e o perigo de perturbação da ordem e tranquilidade públicas.

Na promoção da medida de coação, o Ministério Público enfatizou a problemática e o incremento deste tipo de criminalidade na noite de Lisboa. A investigação prossegue sob a direção do MP do DIAP da comarca de Lisboa, coadjuvado pela Polícia Judiciária.