O Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial dois detidos, indiciados pela prática em coautoria material, de um crime de furto qualificado.

Os arguidos são suspeitos de, no período compreendido entre o dia 25 de dezembro de 2018  e o dia 31 de janeiro de 2019, mediante combinação prévia e sabedores que os residentes estavam ausentes do território nacional e com o acordo de menor de quinze anos que ali residia, terem-se introduzido em moradia sita na Charneca da Caparica, de forma não concretamente apurada. Do interior da habitação retiraram  artigos de ourivesaria e outros que ali se encontraram, de valor superior a €200.000,00 (duzentos mil euros), designadamente em cofres ocultos que vieram a ser arrombados. Posteriormente, procederam, até 31 de maio de 2019, à venda desses objetos, alguns dos quais ainda foi possível recuperar.

Na sequência do interrogatório, e em consonância com o promovido pelo Ministério Público, o juiz de Instrução aplicou aos arguidos as medidas de coação de termo de identidade e residência, obrigação de apresentação periódica, a realizar duas vezes por semana, na autoridade policial da área de residência e proibição de se ausentarem para o estrangeiro sem para tal serem expressamente autorizados, devendo ambos os arguidos entregarem os respetivos passaportes à guarda do Tribunal.

A investigação prossegue sob direção do Ministério Público do Núcleo de Almada da Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da Policia Judiciária.

O Ministério Público decidiu igualmente desencadear um processo tutelar educativo relativamente ao menor suspeito de envolvimento nos factos.