O Ministério Público apresentou, no passado dia 18 de abril, a primeiro interrogatório judicial um arguido, pela prática de 10 crimes de burla qualificada e dois crimes de burla qualificada na forma tentada.

Existem fortes indícios de que o arguido, entre maio de 2019 e março de 2020 apoderou-se indevidamente de quantias em dinheiro, provenientes de vítimas especialmente vulneráveis, em razão da sua idade.

O arguido obteve informações prévias das vítimas, o que lhe permitiu estabelecer uma relação de confiança com as mesmas. Intitulando-se funcionário de uma instituição de crédito, solicitava-lhes os seus cartões bancários, alegando que os mesmos se encontravam caducados, bem como os respetivos código de acesso (‘código Pin’), com os quais, posteriormente, efetuava levantamentos e transferências de quantias monetárias de elevado valor, o que efetivamente veio a conseguir.

Com base no que se apurou ao longo da investigação, o arguido terá beneficiado, indevidamente, da quantia total de, pelo menos, € 70.365,00 (setenta mil, trezentos e sessenta e cinco euros).

Tendo em conta o perigo de fuga, de continuação da atividade criminosa, de perturbação do inquérito e de alarme social, foi-lhe aplicada pelo juiz de instrução criminal a medida de coação de prisão preventiva.

A investigação é dirigida pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, coadjuvado pela 5.ª EIC da PSP de Lisboa.