Tráfico de estupefacientes. Falsificação de documento. Prisão preventiva. MP. DIAP de Lisboa
O Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial dois detidos pela prática do crime de tráfico de estupefacientes e do crime de falsificação de documento.
Encontra-se indiciado que os arguidos se vinham dedicando à aquisição, em Portugal, de um xarope que contém codeína, com vista a enviar tal medicamento para França, tendo mesmo chegado a tentar expedir quase uma centena de embalagens.
De referir ainda que sendo o referido xarope apenas vendido a quem possuir receita médica, os arguidos manifestaram numa teleconsulta sintomas que levaram uma médica a prescrever-lhe duas embalagens do referido medicamento.
Tal receita, pelo facto dos arguidos serem estrangeiros e não possuírem número de utente português, não entrou, de imediato, no sistema informático das farmácias.
Neste contexto, encontra-se igualmente indiciado que os arguidos adulteraram a quantidade de xarope prescrito na receita, imprimiram-na um número indeterminado de vezes e apresentaram os exemplares em diversas farmácias, tendo, desse modo, conseguido adquirir mais de quatro dezenas de embalagens.
Na sequência de interrogatório, ficaram os arguidos sujeitos à medida de coação de prisão preventiva.
A investigação prossegue sob direção do Ministério Público, com a coadjuvação da PSP.