O Ministério Público apresentou no dia 8 de junho de 2020, a primeiro interrogatório judicial seis detidos, indiciados pela prática em coautoria material, concurso efetivo e na forma consumada, de um crime de tráfico de estupefacientes agravado, um crime de recetação e de um crime de detenção de arma proibida.

Os arguidos são suspeitos de, desde novembro de 2017, se dedicarem à venda diária de produtos estupefacientes, nomeadamente heroína, cocaína e haxixe, a um elevado número de compradores, que os procuravam diretamente, sobretudo num bairro da zona da Costa de Caparica mas também em diversos locais da cidade de Almada.

Estes arguidos atuavam de forma organizada e, de acordo com um plano previamente delineado, com repartição de tarefas embora sob direção de um deles

Para além de dinheiro, o grupo recebia também como forma de pagamento relógios, material informático, telemóveis e outros bens com algum valor comercial, que haviam sido subtraídos a vários cidadãos em Almada e nos concelhos limítrofes.

No dia 7 de junho de 2020 foram efetuadas buscas domiciliárias às residências dos arguidos bem como a outros espaços sob o seu domínio, tendo sido efetuada a apreensão, designadamente de produto estupefaciente, de armas de fogo e de dinheiro.

Na sequência do interrogatório, o Ministério Público requereu a aplicação aos arguidos da medida de coação de prisão preventiva aos três arguidos com maior responsabilidade penal nos factos, com antecedentes criminais pela prática do mesmo tipo de ilícito e a quem foi apreendido maiores quantidades de produto estupefaciente, a qual foi aplicada pela juiz de Instrução.

Os demais foram restituídos à liberdade, com a aplicação das medidas de coação de apresentações periódicas, proibição de contactos com os demais coarguidos e termo de identidade e residência, conforme promoção do Ministério Público.

A investigação prossegue sob direção do Ministério Público de Almada do DIAP da Comarca de Lisboa, com a coadjuvação do NIC do Destacamento da GNR de Almada.