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Tráfico de estupefacientes. Prisão preventiva. MP de Almada

14 out 2019

Ao abrigo do disposto no art.º 86.º, n.º 13, al. b), do Código de Processo Penal, informa-se:

O Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial dois detidos, indiciados pela prática, em coautoria, de um crime de tráfico de substâncias estupefacientes.

Os arguidos são suspeitos de se dedicarem, pelo menos desde junho de 2019, à atividade de venda de substâncias estupefacientes na zona do Monte da Caparica, Trafaria e Almada. No âmbito dessa atividade terão acordado na realização, por um deles, de uma viagem ao Brasil, com o objetivo de adquirir e transportar para Portugal cocaína em estado puro (pasta base), a qual, já em território nacional, seria devidamente preparada com outros produtos associados (redrate, neo-sineferina, cafeína e outros), por forma a fazer aumentar exponencialmente a sua quantidade. O produto estupefaciente seria depois dividido com vista à venda, em doses individuais (quartas) aos consumidores que procurassem os arguidos para o efeito.

A viagem ao Brasil veio a realizar-se no final do mês de setembro, conseguindo um dos detidos, na execução do planeado, adquirir cocaína em estado puro, com o peso aproximado de três quilogramas, a qual, após a futura divisão nos moldes acordados ascenderia a quantidade de produto estupefaciente correspondente a mais do que um milhão de euros. Fê-la transportar até território nacional em mala com fundo falso e de forma oculta, vindo a ser intercetado, após ter transposto as portas do Aeroporto em Lisboa e, por isso, detido no passado dia 8 de outubro.

Para além disso, os arguidos tinham nas suas residências produto estupefaciente devidamente dividido e acondicionado e destinado a ser vendido a quem o solicitasse, além de bens, objetos e substâncias destinados a preparar o estupefaciente para a venda assim como quantias monetárias avultadas.

Na sequência do interrogatório, o Ministério Público requereu a aplicação aos arguidos da medida de coação de prisão preventiva, a qual foi aplicada pela juiza de Instrução.

A investigação prossegue sob direção do Ministério Público de Almada do DIAP da Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da GNR - Destacamento da Charneca da Caparica (Núcleo de Investigação Criminal).

O inquérito encontra-se em segredo de justiça.