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Tráfico de estupefacientes. Associação criminosa. Branqueamento. Medidas de coação. MP de Almada

1 abr 2019

Na sequência da realização de buscas domiciliárias e do cumprimento de mandados de detenção, o Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial 7 arguidos indiciados pela prática de um crime de tráfico de estupefacientes, bem como de um crime de associação criminosa, e de crimes de branqueamento de capitais.

Estes detidos são suspeitos de venderem heroína e cocaína, por si e por interposta pessoa, no Bairro do Asilo, Monte de Caparica.

Na atividade pelos mesmos desenvolvida, e para dificultar eventuais perseguições e vigilâncias policiais, frequentemente usavam veículos alugados ou trocavam de viaturas entre si,  registando a transmissão da respetiva propriedade de uns para os outros ou para terceiros da sua confiança. Em causa estava uma atuação concertada, sendo que um dos arguidos constituídos tratava da importação e legalização dos veículos em Portugal.
Por forma a gerir as quantias monetárias e a justificar as quantias monetárias obtidas desta forma, conferindo-lhes uma proveniência licita, os arguidos que geriam a atividade ilícita antes descrita recorreriam a serviços especializados na área de contabilidade e de advocacia.

Após interrogatório, a juíza de Instrução decidiu aplicar a medida de coação de prisão preventiva a 2 dos arguidos. Os outros 5 ficaram sujeitos a apresentações periódicas no posto da área da sua residência, proibição de contactos com os demais, proibição de frequência de determinados locais, proibição de consumo de produto estupefaciente e proibição de deslocação para o estrangeiro.

No âmbito deste inquérito foram ainda constituídos mais 4 arguidos, os quais estão sujeitos a termo de identidade e residência.

A investigação prossegue sob direção do Ministério Público de Almada do DIAP da Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da GNR.