O Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial uma detida, indiciada pela prática de 1 crime de homicídio qualificado, na forma tentada.

 

Os factos ocorreram esta terça-feira. A arguida, de 77 anos, é suspeita de ter-se deslocado à porta da habitação onde residira até ao início do mês, sabendo que nela estava o proprietário.  Uma vez aí, munida de embalagens de álcool etílico e de outros produtos altamente inflamáveis, ateou um foco de incêndio à porta, o qual não ganhou outras proporções, em virtude de o ofendido, detetando a existência de fumos, ter conseguido apagá-lo e extinguir o incêndio entretanto deflagrado.

 

De imediato, a arguida, munida de faca, empunhou-a na direção do ofendido, só não o conseguindo atingir, em virtude deste se ter refugiado em casa.

 

A arguida voltou a atear um fogo junto à porta e, já na presença de elementos da PSP, dirigiu-lhe ameaças de morte.

 

Na sequência do interrogatório, o Ministério Público requereu a aplicação à arguida da medida de coação de prisão preventiva, sendo que pela juíza de Instrução foram aplicadas as seguintes medidas de coação:

 

- Termo de identidade e residência;

 

- Obrigação de apresentações periódicas semanais, no posto policial mais próximo da residência que vier a fixar;

 

- Proibição de permanecer ou de se deslocar à habitação onde ocorreram os factos noticiados;

 

- Proibição de contactar com o ofendido ou de se aproximar do mesmo.

 

A investigação prossegue sob direção do Ministério Público de Almada do DIAP da Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da PSP.