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Desacatos em restaurante de Paio Pires. Prisão preventiva. MP do Seixal

3 out 2019

Ao abrigo do disposto no art.º 86.º, n.º 13, alínea b), do Código de Processo Penal, esclarece-se:

O Ministério Público apresentou, esta quarta-feira, a primeiro interrogatório judicial oito detidos, indiciados pela prática dos crimes de ofensa à integridade física, ofensa à integridade física qualificada, detenção de arma proibida, dano simples, dano agravado e homicídio qualificado na forma tentada.

Os arguidos são suspeitos de, na noite de 23 de agosto de 2019, no interior de um estabelecimento comercial de restauração de Paio Pires, terem agredido os funcionários que ali se encontravam, bem como terem arremessado garrafas, cadeiras e mesas, danificando-as e partindo o vidro do estabelecimento e causando vários outros prejuízos. Ainda antes de abandonarem o referido estabelecimento, um dos arguidos efetuou disparos para o ar com uma arma de fogo.

No seguimento destes acontecimentos, e como forma de retaliação, os arguidos, munidos de armas de fogo, ter-se-ão deslocado, na tarde de 27 de agosto de 2019, a um prédio localizado em Paio Pires, com o intuito de matar o proprietário do restaurante onde tinham ocorrido os desacatos.

Ali chegados, todos os arguidos terão efetuado vários disparos na direção do prédio, tendo atingido as janelas de vários apartamentos. Os moradores que se encontravam no interior,  só não foram atingidos por motivos alheios à vontade dos arguidos.

Os disparos provocaram vários danos nas habitações, bem como numa viatura automóvel que se encontrava estacionada no local.

Após diligências de investigação que conduziram à identificação dos arguidos, foram emitidos pelo Ministério Público mandados de detenção.

Uma vez detidos e apresentados ao juiz de Instrução Criminal, este decidiu, em consonância com o promovido pelo Ministério Público, aplicar aos arguidos a medida de coação de prisão preventiva.

A investigação prossegue sob direção do Ministério Público do Seixal do DIAP da Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da Policia Judiciária de Setúbal.

O inquérito encontra-se em segredo de justiça.