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Tráfico de estupefacientes. Associação criminosa. Branqueamento. Acusação. MP de Almada

3 out 2019

O Ministério Público deduziu acusação contra 11 arguidos, imputando-lhes a prática dos crimes de tráfico de estupefacientes, crime de associação criminosa, branqueamento de capitais e detenção de arma proibida.

Os arguidos são suspeitos de, desde o início de 2016, se dedicaram-se à entrega de produtos estupefacientes a um número indeterminado de consumidores, mediante a obtenção de contrapartidas monetárias, no “Bairro do Asilo”, no Monte da Caparica, em Almada.

De acordo com a acusação, atendendo a que tal atividade rapidamente ganhou grande dimensão, foi criada uma estrutura organizada, chefiada por um dos arguidos que se assumia como líder, o qual repartia a tarefas necessárias entre todos os demais, com diversos níveis de hierarquia, de responsabilidade e de ganho monetário. Esta estrutura atuou desde esse ano de 2016 até ao momento em que os arguidos vieram a ser intercetados, já  em 2019,  numa frequência diária e no mesmo local, mesmo quando o arguido, que se assumia como líder, estava em situação de reclusão à ordem de processo judicial diverso.

Por dia, cada um dos colaboradores que entregavam o produto estupefaciente aos consumidores auferia cerca de €2.500,00 a €3.000,00.

Um dos arguidos tinha na sua posse munições de guerra.

Acresce que, o arguido que assumia a liderança do grupo, e cujo único meio de sustento provinha do tráfico de estupefacientes, em conluio com a sua companheira, também arguida e para dissimular a origem ilícita do dinheiro, canalizava-o para sociedades comerciais constituídas para o efeito e alugava a e adquiria diversos bens, incluindo veículos automóveis de alta cilindrada e artigos em ouro.

De entre os acusados há 4 arguidos sujeitos a prisão preventiva.

A investigação foi dirigida pelo Ministério Público de Almada do DIAP da Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da GNR – Destacamento de Almada.